abr
16
2014

Faz sentido o BNDES financiar investimentos em infraestrutura em outros países?

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem financiado a construção de infraestrutura em outros países. São portos, rodovias, aeroportos, saneamento básico, plantas de geração de energia entre outros investimentos. Esse tipo de atuação soa estranho a qualquer pessoa que saiba que o Brasil tem precária infraestrutura e é extremamente carente de tais investimentos. Por que razão um banco público brasileiro deve financiar o investimento em outros países, quando o Brasil é tão carente desses mesmos investimentos?

Recentemente o Presidente do BNDES veio a público explicar as razões desse tipo de operação (veja aqui a apresentação em Power Point). Argumentou que se trata de um mecanismo de incentivo à “exportação de bens e serviços de alto valor”. No caso, serviços de engenharia. A ideia, portanto, é de que não se trata de ajudar Cuba a construir um porto ou financiar o  metrô de Caracas. O que o BNDES estaria fazendo seria ajudar as grandes empreiteiras nacionais a vender seus serviços no exterior. Isso geraria diversos ganhos para o país.

Em primeiro lugar, as nossas empreiteiras encomendariam insumos da indústria brasileira, demandando bens e serviços de amplos segmentos da cadeia produtiva brasileira, desde a indústria mecânica, de material elétrico e siderurgia, até vestuário e serviços.  Em consequência, a economia brasileira cresceria, porque a maior demanda por tais produtos levaria as indústrias a expandir a produção, contratar trabalhadores, etc.

Em segundo lugar, a atividade de exportação de serviços de engenharia induz as firmas a buscar a melhoria nas suas técnicas de produção, impulsionando os ganhos de produtividade e o aperfeiçoamento tecnológico. Mais uma vez, os financiamentos resultariam em impulso ao crescimento da economia brasileira.

Em terceiro lugar, a atividade geraria dólares e fortaleceria o balanço de pagamentos brasileiro, aumentando nossa segurança contra crises externas e ataques especulativos ao real.

Em quarto lugar, o Brasil estaria fazendo nada menos do que fazem outros países: utilizar bancos públicos para, mediante financiamento, abrir caminho para as empresas nacionais no mercado externo. Coutinho cita, em sua apresentação, como países altamente engajados nesse tipo de política: China, EUA, Alemanha, França, Índia, Japão e Reino Unido (slide no 24). Cada um deles contando com o seu próprio banco ou agência de fomento.

Argumenta, ainda, o Presidente do BNDES, que o volume de financiamentos do Banco nessa modalidade é pequeno em relação à carteira de crédito da instituição. Entre 2007 e 2013 foram liberados apenas US$ 7,8 bilhões (slide 27). Entre 2011 e 2013, a média anual ficou em torno de US$ 1,4 bilhão. Trata-se de valor muito pequeno frente aos desembolsos totais do BNDES, que atingiram US$ 82,6 bilhões em 20131: ou seja, os financiamentos a investimentos em infraestrutura no exterior não representariam nem 2% dos desembolsos do BNDES.

O que há de questionável nesses argumentos?

O primeiro problema é que o Presidente do BNDES parece ignorar um fato básico: o BNDES é um banco do governo brasileiro. E esse governo é deficitário, ou seja, tem poupança negativa. Quem tem poupança negativa não dispõe de recursos próprios para emprestar para terceiros.

Imagine o leitor uma situação em que você está no vermelho no cheque especial, e não dispõe de nenhuma reserva financeira ou bens de valor que possam ser vendidos. O seu cunhado lhe faz uma visita de cortesia e lhe pede um dinheiro emprestado. Como gosta muito do seu parente, apesar de estar sem reservas e devendo ao banco, você vai tentar arrumar algum dinheiro para ajudá-lo. A única forma de fazer isso é aumentando o seu endividamento. Ou você pedirá mais dinheiro ao seu banco, ou pedirá um adiantamento salarial, ou recorrerá a um terceiro parente.

A situação do governo é a mesma. Para colocar dinheiro na mão do BNDES, para que este empreste à Venezuela, a Cuba ou a qualquer  outra instituição pública ou privada, o governo terá que arranjar dinheiro em algum lugar. Ou seja, ele terá que tomar empréstimo. Quando o governo vai ao mercado de crédito tomar esse dinheiro emprestado, ele retira do mercado dinheiro que poderia financiar investimentos no Brasil.

O banco que comprar títulos do Tesouro, a serem usados para custear os financiamentos externos do BNDES, deixará de usar esse dinheiro para financiar o investimento de uma firma brasileira, em território brasileiro. Ou, alternativamente, o dinheiro que o Tesouro Nacional toma emprestado e carreia para os financiamentos externos do BNDES poderia ser usado, alternativamente, pelo próprio Tesouro Nacional, para financiar investimentos públicos em infraestrutura no Brasil.

A escassez de poupança do governo não seria um problema se o setor privado brasileiro poupasse muito. Nesse caso, haveria poupança de sobra na economia para financiar o governo e os demais agentes privados que desejassem fazer investimentos. Mas esse não é o caso. Nossa poupança nacional agregada (pública e privada) não passa de 15% do PIB. Em um ranking de 156 países, estamos em  112o  lugar. Ou seja, entre os 30% de mais baixa poupança2.

Extrair dinheiro do mercado de crédito para repassar ao BNDES diminui a poupança disponível para financiar os demais agentes da economia, e resulta em aumento da taxa de juros (o crédito fica mais caro para todos os demais candidatos a financiamento).

O raciocínio do Presidente do BNDES (e da maioria dos membros e mentores da equipe econômica do governo Dilma) é de que a escassez de poupança não é problema, e de que o importante é estimular o crescimento da demanda, para que os empresários fiquem animados e invistam mais, fazendo a economia crescer (veja, neste site, acerca dos problemas dessa lógica, o texto “Incentivar o consumo ou a poupança para estimular o crescimento econômico?”). Mas como, de fato, a poupança é uma restrição, a conclusão é simples: o dinheiro que financia a infraestrura no exterior deixa de estar disponível para financiar infraestrutura no Brasil.

Como nossa carência de infraestrutura é muito alta, o retorno para a economia brasileira da construção de mais portos, ferrovias, etc. no país  possivelmente será maior que o retorno de um impulso à demanda por bens e serviços ofertados pelas indústrias da cadeia de produção de serviços de engenharia. Logo, não faz muito sentido o argumento de que devemos estimular a exportação de serviços de infraestrutura para criar demanda por bens e serviços da cadeia de produção associada aos serviços exportados. Seja porque a infraestrutura é escassa no país (e não se deve exportar o que falta internamente); seja porque os efeitos secundários sobre a demanda agregada não são o melhor caminho para se estimular o crescimento, quando comparado à opção de se expandir a infraestrutura doméstica. Ademais, o estímulo para a demanda agregada seria o mesmo, se não maior, caso o porto ou ferrovia fosse construído aqui, pois o mais baixo custo de transporte daria vantagem aos fornecedores nacionais. Quando as empreiteiras constroem obras em Cuba ou na Venezuela, os fornecedores locais tendem a ser favorecidos.

Tampouco se sustenta o argumento que a atividade de exportação de serviços de engenharia induz as firmas a buscar a melhoria nas suas técnicas de produção, impulsionando os ganhos de produtividade e o aperfeiçoamento tecnológico. Não é a atividade de exportação que estimula os ganhos de produtividade, mas a competição. O mesmo estímulo à competição pode ser dado com licitações para obras domésticas abertas a concorrentes externos. Adicionalmente, como discutiremos à frente, parte significativa das exportações de serviços de engenharia é direcionada para países com economias pouco orientadas para o mercado. Se os critérios para obtenção de contratos forem mais políticos do que econômicos, o estímulo ao aumento de produtividade reduz-se significativamente.

E o que dizer do argumento de que a exportação de serviços de infraestrutura ajuda a equilibrar o balanço de pagamentos? Certamente a expansão das exportações é bem-vinda em uma economia com um histórico de crises de balanço de pagamentos. Mas esse não necessariamente será o efeito final da política de crédito em análise. Como a concessão de crédito pelo BNDES corresponde a uma expansão fiscal (gasto de dinheiro público, financiado por endividamento), haverá um impulso à demanda agregada da economia (comemorada pelo governo), que induzirá o aumento do consumo de produtos importados, pesando negativamente no balanço de pagamentos. Não há porque esperar que o efeito final da política de crédito do BNDES sobre as contas externas seja igual ao valor dos serviços de engenharia exportados.

Quanto ao argumento de que outros países fazem o mesmo que o BNDES está fazendo, vale analisar o perfil das nações apontadas pelo Banco como principais incentivadores das vendas de suas empresas no mercado internacional (slide no 24 da apresentação do BNDES), conforme mostra a Tabela 1.

Dos sete países listados pelo BNDES como os grandes incentivadores de suas exportações, o Brasil é o único que exporta predominantemente commodities, um tipo de produto cuja venda não é dependente de financiamentos à exportação. Ademais, dos países citados, apenas dois não fazem parte do grupo de potências mundiais: China e Índia que, não por coincidência, têm taxas de poupança doméstica muito superiores à brasileira, da ordem de 49% e 29% do PIB, respectivamente.   Podem, portanto, se dar ao luxo de alocar parte dessa poupança para crédito ao exterior, pois isso não pressionará o preço do crédito dentro de seus países (taxa de juros).

Tabela 1 –Apoio à exportação, exportações totais e taxa de poupança

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Quando olhamos o valor do apoio à exportação como proporção do valor exportado (ignorando a distorção gerada pelo grande peso das commodities nas exportações brasileiras), percebemos que o Brasil não difere muito da Alemanha, que é uma eficiente “máquina” de exportações. Se comparássemos apenas o valor dos incentivos como proporção do valor das exportações incentivadas, certamente o Brasil ultrapassaria a Alemanha. Portanto, não se pode dizer que o Brasil é acanhado na alocação de recursos públicos para o incentivo às exportações.

Quanto ao fato de que os incentivos direcionados especificamente ao financiamento de obras de infraestrutura no exterior somarem “apenas” US$ 7,8 bilhões (ou R$ 18 bilhões) nos últimos sete anos, cabe perguntar o que poderia ter sido feito, no Brasil, com esse dinheiro. Trata-se de recurso suficiente para construir uma hidrelétrica de grande porte3, que ajudaria o país a se afastar do risco de racionamento de energia. Ou, ainda, construir aproximadamente 40 km de metrô em uma grande cidade como São Paulo2, o que atenderia boa parte da demanda por transporte de qualidade nos grandes centros.

É, portanto, um volume significativo de recursos. Dizer que esse montante é pouco significativo por representar uma parcela pequena dos desembolsos do BNDES apenas revela outro problema: o BNDES empresta recursos demais (ou seja, não é o numerador que é pequeno, e sim o denominador que é grande). É de pleno conhecimento que o BNDES praticamente monopoliza o mercado de crédito de longo prazo no Brasil. Os próprios dados apresentados por Luciano Coutinho em sua apresentação (slide no 6) revelam isso. Enquanto o banco de fomento da China é responsável por 8% do estoque de crédito daquele país e o da Alemanha por 12,7%, o BNDES é o credor de nada menos que 21% do estoque de crédito do Brasil! É uma parcela muito grande do crédito nacional, financiada em grande parte por dívida pública, alocada por critérios não necessariamente de mercado.

Por fim, deve-se observar que se as operações do BNDES para financiar investimento no exterior fossem, de fato, uma simples operação de apoio à venda de serviços de engenharia no mercado externo, os países beneficiados por essas vendas seriam definidos com base em critérios de mercado. Faz-se investimento em infraestrutura em todos os lugares do mundo, e nossas “multinacionais da engenharia” deveriam estar buscando clientes em todos os continentes, chegando a qualquer mercado que representasse oportunidade de um bom negócio. Soa muito estranho que nada menos que 76% dos recursos tenham sido carreados para projetos em apenas 4 países: Angola (33%), Argentina (22%), Venezuela (14%) e Cuba (7%) (vide transparência no 27 da apresentação do BNDES). Coincidentemente são países ideologicamente identificados com o Partido dos Trabalhadores. Parece tratar-se muito mais de acordos políticos entre grupos políticos no poder, que se identificam e se apoiam mutuamente, do que operações comerciais de apoio a exportadores de serviços que, após prospectar mercados, vão ao BNDES solicitar financiamento a suas exportações de serviços.
_____________

1 R$ 190,4 bilhões convertidos para dólares por uma taxa de câmbio de 2,3. A fonte da informação é a apresentação em Power Point acima referida.
2 Fonte: CIA Factbook
3 A Usina de Santo Antônio, em construção, está com orçamento atualizado de R$ 14,7 bilhões. Ver file:///C:/Users/user/Downloads/SAESA_DF_2013_port.pdf, p. 3.
4 Tomando-se o custo de construção da linha 4 do metrô de São Paulo, conforme http://www.metro.sp.gov.br/noticias/acontecendo/governador-geraldo-alckmin-inicia-2a-fase-da-linha-4amarela.fss

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Sobre o Autor:

Marcos Mendes

Doutor em economia. Consultor Legislativo do Senado. Foi Chefe da Assessoria Especial do Ministro da Fazenda (2016-18). Autor de “Por que o Brasil cresce pouco?”.

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28 Comentários Comentar

  • Muito bom artigo! Desmacara os argumentos falaciosos usados para justificar esse descalabro.

  • Parabéns, Dr. Marcos pela excelente abordagem. Seu texto mostra claramente que as falácias do Dr. Coutinho podem enganar muitos, mas que são elas apenas falácias e não argumentos de negócios válidos para a nação e suas empresas.

    Eu apenas gostaria de um número do custo do negativo das operações do BNDES. Afinal, estamos pegando empréstimos lançando no banco e registrando de formas diversas sabendo que isso, os empréstimos, afetará consideravelmente o futuro do Brasil sem trazer benefícios necessários como infra…

    Alfredo

  • Eu acho que faz muito sentido sim … E quando terminar o investimento, sem retorno financeiro ou com calote, certamente, invadimos e anexamos o território que fica tudo certo. Não seria ótimo anexar cuba ? Aí teríamos uma ilha no Caribe para passar férias, assim como os americanos têm o Havaí ! Finalmente, assim, ninguém poderá reclamar que o Banco NACIONAL de Desenvolvimento Econômico e Social ‘torrou’ recursos NACIONAIS em outro país.

  • Eu na minha humilde ignorância acho que este dinheiro que vai pra lá só volta uma pequena parte,volta na conta das empresas Brasileiras que trabalharam e investiram parte deste de em apoio a partidos políticos.

  • Queria que financiássemos mercados maiores?
    Exportar tecnologia nossa pra Alemanha, Emirados Árabes, Estados Unidos? Claaaro!
    Engraçado que USA financia tudo e todos há séculos e é visto como A ECONOMIA (que quebra e quebra o Mundo junto ao menos 1 vez por século)! Financiam inclusive armas, guerras e tudo mais…
    Quando fazemos um pouco do mesmo, é um desastre político e econômico!

    • Infelizmente, Matheus, é tudo uma questão de má vontade. E o que é pior: observa-se claramente a formação desse tipo de gente voltada exclusivamente ao sistema opressor de mercado. Você disse bem: Os EUA fazem isso e é tratado como a ECONOMIA; o Brasil faz um pouco, é tratado como desastre econômico. E viva os que se dizem entender de economia!!!

  • Eu até entendo que ajudar, investindo em outros países é muito bom, más quando se tem e não haja necessidades internas. Convenhamos né, a nossa infra-estrutura de um modo geral está uma porcaria.Vamos investir aqui primeiro.

  • Não sou favoravel emprestar para Outros Paises se estamos tão carentes em tudo, desculpe minha igonorancia no assunto, mas se tem disponiveis US$ 82,6 bilhões em 2013 no BNDES porque terá que pedir emprestado por estar no vermelho?

    • E quem pode me afirmar com certeza que esses países estão pagamento por essas obras? na maioria das vezes esses países dão o calote. Pagam algumas parcelas e depois acabam dando calote.

  • O interessante nisso tudo é que as empreiteiras que fazem essas obras em outros países, são as mesmas envolvidas na operação lava-jato (ou lava-dinheiro??) Não entendo de economia o suficiente, mas está claro, que essas construções é uma boa lavagem de dinheiro. Só não vê que é petista.

  • É um artigo interessante. Mas tenho algumas dúvidas, se o autor ou algum outro economista puder responder.

    1) por que os países ditos desenvolvidos podem ter o déficit que bem entenderem e se a gente não fizer superávit primário somos execrados (qq governo)?

    2) a taxa de poupança do Brasil na tabela apresentada no artigo não difere muito da média. Os pontos fora da curva são Índia e China, que são países muito populosos e com desigualdade social mais profunda que a nossa. por que se diz que a nossa é tão baixa?

    3) acho curiosa a crítica à geopolítica. país que não influencia, não apita nada, e só apita algo se começar a ter presença econômica em outros países. o princípio não me parece errado, mas somos muito tímidos nisso.

    4) concordo que as somas em si não são desprezíveis e que poderiam ser usadas aqui. mas o governo federal se articula mal com os governadores. Metrô de Sp é um caso muito sério. Muito dinheiro, pouco resultado. Seria interessante apurar quanto do orçamento das obras do metrô paulistano vem do BNDES.

  • No governo FHC o BNDES tambem emprestou milhões de dólares pra Cuba e Venezuela. E naquela época tínhamos uma divida externa imensa e quase nenhuma reserva. E a infraestrutura daquela época era melhor do que a de agora? Seu dicurso é bom pra psdbista.

  • O PT chegou com muita sede ao pote e endoidou de vez, não pode ver dinheiro, não tem projeto nenhum e o que tem é nocivo para o Brasil, é incompetente, corrupto e mentiroso.

  • Deve-se somar aos argumentos apresentados que tais empréstimos são considerados “segredo de estado”, portanto sem transparência. E os empréstimos estão sendo feitos para péssimos pagadores contumazes.

  • Não sera novidade na atual conjuntura, que nos próximos dias iremos ver nos noticiários mais um escândalo de corrupção, agora com o desvio de dinheiro publico através do BNDES com intermediação de algumas construtoras, já citadas na operação lava jato, empresa que no meu ponto de vista é de alguém dentro do governo “segredo de estado”

  • Muito bom o texto,bastante esclarecedor!
    Como pode um pais como o Brasil, onde não há se quer um dos pilares em pleno funcionamento…tais como,saúde,educação,segurança e habitação fazer empréstimos para o desenvolvimento dos mesmo.

  • Ok. Então por que não financiar obras de metrô e porto no Brasil para criação de empregos, consumo de materiais em obras e geração de renda para as empreiteiras no Brasil, um país tão carente de infra-estrutura???
    Em que pese todos os argumentos do ilustre economista, o Brasil perdeu o “bum” do crescimento mundial na época do Lula, exatamente pela falta de infraestrutura de portos, linhas férreas e rodovias. China e Índia no mesmo período tiveram o crescimento muito maior que nossa economia
    Esse “falso socialismo” que o PT quer criar junto com essas ditaduras falidas de Cuba e Venezuela só afundam o Brasil. Isso não passa de remessa de dinheiro para esses países, além do encher o próprio bolso do PT, já que todas as empreiteiras brasileiras de grandes contratos repassam parte do valor para o PT, conforme já amplamente visto na operação lava-jato. Acorda Brasil! Só não vê quem não quer!!!! Reforma política já!!!

    • Como se fosse apenas o pt a receber a grana. As tais empreiteiras é que são atores nesses esquemas. Já que são estas empreiteiras que financiam todos os partidos citados nesse caso.

  • Querem fazer investimentos em outros países sendo que o nosso falta muito, estradas de qualidade, ferrovia, hidrovia,vamos arrumar a nossa casa para depois arrumar as dos outros…

  • Talvez não exista nada mais obsceno, absurdo e injustificável na história da humanidade. Nunca ouvi falar de uma nação que se prostituía de uma forma tão barata e sem sentido. É como se o país estivesse sido dominado por uma nação estrangeira que dilapida nossas riquezas em favor de outros. Voltamos a ser colônia, não mais de Portugal, mas de ditaduras socialistas.
    Sobre as externalidades geradas por esse tipo de financiamento?
    1 – Gera empregos em outros países
    2 – Cria infraestrutura econômica e bem estar social em outros países.
    3 – Sacrifica a sociedade brasileira que banca a diferença entre a taxa de juros captadas (selic) e a financiada (subsidiada)
    4 – Enriquece grandes empreiteiras que normalmente já roubam os cofres públicos com contratos superfaturados
    5 – Alimenta o projeto de poder de um partido que parece estar conspirando contra o país que governa.
    6 – Enriquece corruptos, apadrinhados, comparsas e alimenta toda a quadrilha.

    O que esse tipo de financiamento gera para o Brasil mesmo?

  • Observem o nível da mentira:
    Os subsídios às exportações, mostrados na Tabela 1., referem-se a financiamentos de produtos produzidos no próprio país e destinados ao mercado externo. Ou seja, as externalidades positivas desse financiamento ficam no próprio país que exporta. Isso não tem nada a ver com os empréstimos do BNDES. Isso sem falar no critério de elegibilidade das empresas campeãs, do tráfico de influência do Lula (já sob investigação pelo MPU), do esquema de propinas já revelados pela Lava Jato e do caráter sigiloso desses empréstimos.

  • Colega, o BNDES Não é um banco público. É uma empresa pública. É um pouco diferente, entende?

  • Quando outro presidente defende as empresas nacionais não é tráfico de influência, é nacionalismo – os presidentes dos EUA vivem fazendo isso -, mas quando o Lula o faz é tráfico de influência… Ah! faça-me o favor…

  • já comentei pq não postaram, foi cencurado?

  • Reuniram vários economistas, para justificar o injustificável, pois isto não terá retorno e será um calote gigante, é uma maneira de pagar propina aos envolvidos, sem poder ser rastreada, e os mentores destes esquemas, estão bilionários, comprando políticos e aumentando sua área de atuação rumo ao Socialismo. Se fossem Brasileiros honestos e decentes, investiriam este dinheiro na construção de Usinas, hidroelétricas, barateando o custo da energia, tornando os produtos mais barato, investiria nas estradas, que mal da para transportar cargas, cujo frete é altíssimo, visto as buraqueiras e estradas de terra que danificam os caminhões, investiria na agricultura, agro pecuária, industria de base infra estrutura, hospitais saudê, tudo isto geraria milhares de empregos, como consequência maior consumo,mais produtos sendo fabricados. o governo receberia muito mais impostos e estaria com o maior ASTRAL e MORAL, ao invés disto se preferiu a corrupção e o descrédito, juntando um monte de bandidos e ladrões.Este governo está falido e não presta.

  • __ No mundo capitalista tudo gira em torno da taxa de retorno. Sendo um bom negócio, para o País, não há problema! Porém este banco foi criado para uma finalidade e estar sendo usado para outro; virou uma mãezona para empresários e um madrasta para o povo. Empresários sempre reclamam da presença do Estado na economia, mas, quando querem dinheiro, não vão buscar no mercado e sim, no caixa do governo e, quando pegam em organismos internacionais, o estado Brasileiro é quem avaliza!

    Essa relação tem de mudar!

  • Boa noite! Sou advogado e gostaria de uma breve explicação dos Nobres economistas.
    A fabricação de mais papel moeda ou criação de reservas fracionárias gera inflação por aumentar a demanda aqui dentro do país; mas se o BNDES criar dinheiro para ser investido em outros países, por exemplo, Reais para serem investidos em países na América Latina, África e Ásia e estes países trocarem os reais por Dólares ou Euros porque gerará inflação aqui ? Pois os EUA não são obrigados a trocarem os Dólares que os outros países possuem por suas respectivas moedas, o mesmo não serve para o Brasil ao criar Reais para serem investidos em outros países? Os EUA não tem feito deliberadamente isso desde meados do século passado sem criar inflação?

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