Comentários sobre: Contra a retórica antirreforma https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2969&utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=contra-a-retorica-antirreforma Mon, 24 Apr 2017 13:47:47 +0000 hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Por: Aurelio Barbato https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2969#comment-52000 Mon, 24 Apr 2017 13:47:47 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=2969#comment-52000 Ficamos perplexos entre essas contradições, controvérsias e falácias.

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Por: Luis Henrique Paiva https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2969#comment-51964 Thu, 30 Mar 2017 20:49:52 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=2969#comment-51964 Em resposta a william veras.

Caro William,
Muito obrigado pelo interesse. Não estou muito certo de que tenha entendido sua pergunta, fique à vontade para me corrigir caso meu entendimento não esteja correto.
A frase que você transcreveu está baseada no seguinte argumento.
O perfil dos que se aposentam precocemente (definidos como homens antes dos 60 e mulheres antes dos 55 – isso é, precoce mesmo) é claramente menos vulnerável do que os que não se aposentam precocemente (e, portanto, se aposentarão aos 65 anos ou recorrerão ao BPC). Veja a tabela 1 desse estudo: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_2211.pdf.
Os aposentados precoces têm maior percentual de homens, brancos, pessoas de referência, maior acesso combinado aos serviços de utilidade pública, moram menos no Nordeste etc.
Não sei se isso responde sua dúvida. Se não responder, fique à vontade para fazer novo contato.
Obrigado e abraços.

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Por: william veras https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2969#comment-51962 Thu, 30 Mar 2017 19:28:17 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=2969#comment-51962 Luis Henrique, um imenso prazer saudá-lo.

Admiro seu trabalho e acompanho suas publicações mesmo divergindo do seu ponto de vista, gostaria de saber através de que dados você baseia esse argumento:
“Essas pessoas certamente não são pobres. Os brasileiros pobres têm dificuldade de acumular tempo de contribuição em empregos formais. Quando conseguem se aposentar, o fazem por idade, aos 65 anos. Ou seja, os pobres já têm idade mínima.”
Qual é a representatividade desses “pobres” que se aposentam com 65, em relação a sua avaliação ?
Muito obrigado pelo artigo, gostaria muito de brevemente conhece-lo, participo dos encontros do círculos de leitura promovido pelo Fernand Braudel.

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Por: Lucas de Seixas Martins https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2969#comment-51954 Mon, 20 Mar 2017 22:10:12 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=2969#comment-51954 Em resposta a Rafael Fellipo Bambino.

A vantagem do sistema de repartição é a socialização dos riscos. As reservas financeiras dos regimes de capitalização estão sujeitas as variações econômicas, e a capitalização individual não assegura contra riscos sociais imprevisíveis, como doenças, acidentes ou morte. Além disso, os diferentes portifólios podem fazer com que aposentados de mesma idade que tiveram carreiras idênticas recebam benefícios diferentes.

No caso de mudanças demográficas, o equilíbrio atuarial do regime de repartição pode ser mantido pela revisão de idade mínima, tempo de contribuição, etc.

No livro ‘A Previdência Social no Estado Contemporâneo’, Fábio Zambitte Ibrahim defende um modelo misto. Um regime de repartição para garantir o mínimo necessário à dignidade humana e um regime de capitalização para aquilo que o exceda esse mínimo. Dessa forma, fica garantido o mínimo necessário em cenários econômicos desfavoráveis (e também no caso de morte, doença e acidentes), e um adicional caso os rendimentos tenham sido maiores (as taxas de retorno num regime de capitalização são potencialmente maiores).

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Por: Luis Henrique Paiva https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2969#comment-51952 Thu, 16 Mar 2017 00:10:57 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=2969#comment-51952 Em resposta a Rafael Fellipo Bambino.

Caro Rafael,
Muito obrigado pelo comentário.
As reformas previdenciárias se dividem em dois grandes grupos. As reformas estruturais (na qual há uma mudança de regime, em geral do regime de repartição para o de capitalização, como você sugere) e as reformas paramétricas (nas quais você mantém o regime, mas ajusta as regras).
Não há consenso de que um regime seja melhor do que outro. Eles estão mais ou menos sujeitos aos diversos riscos (demográficos, econômicos, políticos). É por isso que o Banco Mundial recomenda a abordagem “multipilar”. O objetivo é diluir os riscos, tendo um pilar assistencial, um obrigatório por repartição, complementado por um obrigatório por capitalização, seguido por um opcional por capitalização.
No caso brasileiro, entretanto, me parece difícil escapar de uma reforma paramétrica. Me explico. Reformas estruturais impõem um “custo de transição”. A geração que trabalha tem que assumir duas cargas: tem que continuar pagando a aposentadoria dos atuais aposentados e passar a poupar para sua própria aposentadoria. Se o custo de transição for baixo, a reforma estrutural é possível. Não é mais o caso do Brasil. As despesas previdenciárias anuais estão na casa dos 12% do PIB (Regime Geral + servidores públicos). Fazer uma transição com despesas tão altas seria assumir um custo de transição brutal.
Além disso, também há razões teóricas relevantes que desaconselhariam a migração para um regime puro de capitalização.
Estamos preparando um estudo que vai estimar o custo de transição para um regime de capitalização. Quando essa parte ficar pronta, faço mais um comentário para te informar.
Novamente, obrigado pelo comentário e abraços.

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Por: Rafael Fellipo Bambino https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2969#comment-51951 Wed, 15 Mar 2017 22:29:15 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=2969#comment-51951 Eu entendo que uma reforma da previdência é de extrema urgência, mas eu não concordo com a forma como ela tem sido colocada (ou enfiada), mas minha questão não é essa.

Eu gostaria de saber do autor, Nossa reforma não poderia vir com um regime de capitalização? Eu pergunto isso pois visitei o Canadá e achei muito interessante a forma com que eles tratam a previdência, claro que guardadas as devidas proporções pois lá você tem um sistema verdadeiramente único de Saúde, 100% público, eficiente e universal, permitindo uma idade mínima de 65 anos e com projetos para ser aumentada. Pois bem, o regime deles é dessa forma, capitalizado, e a reforma lá ocorreu um 95, mais de vinte anos atrás!!!

Ps. Chega a ser engraçado saber que o CPP investe em ativos no Brasil

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Por: Nildo Lúzio https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2969#comment-51941 Fri, 10 Mar 2017 14:23:19 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=2969#comment-51941 Luis Henrique,

O artigo é esclarecedor, ainda mais no contexto recente de manifestações contrárias à reforma feitas por entidades de corporações fortes, como de funcionários do Ministério Público Federal e Auditores da Receita Federal. Enfim, esse pessoal “vitimizado pela concentração de renda”.

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