Comentários sobre: Como as corporações de elite moldam o pensamento econômico do país? https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2901&utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=como-as-corporacoes-de-elite-moldam-o-pensamento-economico-do-pais Mon, 26 Dec 2016 20:17:27 +0000 hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Por: Pedro Fernando Nery https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2901#comment-51478 Mon, 26 Dec 2016 20:17:27 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=2901#comment-51478 Em resposta a Darcy Francisco Carvalho dos Santos.

Prezado Darcy,

Obrigado pela mensagem. Parabéns pelo seu trabalho por aí e pelo vídeo sobre o déficit, estamos divulgando. Boas festas, e que 2017 seja melhor.

Abraço,

Pedro

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Por: Darcy Francisco Carvalho dos Santos https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2901#comment-51477 Mon, 26 Dec 2016 19:55:07 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=2901#comment-51477 Prezado Pedro Nery,
Teus artigos são excepcionais, apresentando uma visão clara e responsável das coisas. Na realidade, estamos dominados pelas corporações e o pior é que elas têm grande penetração na mídia. Conforme falaste, temos que ouvir palestras de pessoas influentes que dizem que o maior gastos é com juros, quando se sabe que muito pouco ou nada é pago, principalmente agora que há déficit primário. O que há é sua incorporação à dívida. A afirmação de que não há déficit na previdência é que é a grande farsa e não o contrário. Tenho medo que eles vençam a batalha.

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Por: Pedro Fernando Nery https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2901#comment-51315 Fri, 09 Dec 2016 22:45:05 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=2901#comment-51315 Em resposta a Marcelo.

Prezado Marcelo,

Obrigado pela contribuição.

Concordo que a PEC do teto não exclui outras medidas para a economia crescer. Vejo ela mais como uma tentativa de contornar uma situação ainda pior do que propriamente uma agenda de crescimento (pelo menos como é normalmente entendida)

Não concordo que o problema seja o crescimento da despesa apenas nos últimos anos, continuo achando que há sim uma questão estrutural. A receita cair com o PIB me parece normal, o crescimento persistente da despesa em qualquer situação não.

Interessante o ponto de vista da entrevista. Mas não entendo que ele desconsidere a importância da despesa na formação dos juros: me pareceu que ele considera a desindexação a questão principal, mas não a única.

Um abraço,

Pedro

Obrigado novamente

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Por: Marcelo https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2901#comment-51314 Fri, 09 Dec 2016 22:05:49 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=2901#comment-51314 Em resposta a Pedro Fernando Nery.

Pedro,
O Valor traz hoje matéria com ex-diretor do Bacen, que chama atenção para o diagnóstico errado em torno do juros (e da ausência dessa discussão na agenda pública):
“Valor: O que poderia ser feito, então, para se desatar esse nó do crescimento? Há algo que esteja além da agenda?
Assis: Não há nenhuma solução mágica. Eu acho que o governo não tem outra alternativa senão avançar nas reformas. Mas eu sinto falta da discussão de um tema: dos juros e, especificamente, sobre a desindexação da economia. Em grande parte, na minha opinião, os juros são altos porque a economia continua com mecanismos de indexação, como se a economia ainda estivesse com inflação elevada. Já que estamos discutindo tantas coisas complexas, como a reforma da Previdência, que é extremamente ambiciosa, valeria a pena o governo capitanear uma discussão e encaminhar mudanças nessa questão.”
http://www.valor.com.br/financas/4800253/situacao-e-mais-grave-do-que-os-precos-de-mercado-estao-refletindo

Sobre o aumento de despesas, ele ocorre de forma mais significativa a partir de 2014, em função do quadro recessivo, conjuntural. Até então, sua evolução estava alinhada à evolução da receita.

A PEC 55 não equaciona o problema. Foi um artifício diversionista e embromatório escolhido pela possibilidade de sua aprovação e também pela possibilidade de reduzir o tamanho do Estado de alguma forma no futuro. Além de não haver qualquer garantia de sua efetividade, adiou por pelo menos 6 meses a adoção de medidas concretas de equacionamento da situação fiscal.

Veja ainda opinião do Armínio Fraga (http://www.valor.com.br/brasil/4789013/e-preciso-acelerar-o-ajuste-fiscal-diz-arminio) e do Nilson Teixeira (http://www.valor.com.br/brasil/4799231/sem-ajuste-no-curto-prazo-pib-nao-reage-e-recessao-continua).

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Por: Pedro Fernando Nery https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2901#comment-51128 Wed, 23 Nov 2016 18:28:19 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=2901#comment-51128 Em resposta a João.

João, obrigado pela mensagem. Aqui usei o termo para me referir a sindicatos das carreiras que estão no topo, o que me parece um uso comum do termo. Cordialmente, Pedro

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Por: Pedro Fernando Nery https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2901#comment-51127 Wed, 23 Nov 2016 18:26:10 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=2901#comment-51127 Em resposta a Marcelo.

Caro Marcelo,

Em relação à taxa de juros: o governo entende que a própria PEC é um caminho para sua redução, ao reduzir a percepção de insolvência do governo e, consequentemente, os juros que o governo paga sobre ela – que seriam o piso dos juros na economia. A própria reforma da Previdência também viria nesse sentido. Um dos textos mais recentes sobre essa questão foi o do prof. Marcio Garcia, no Valor: http://assessoria.vrc.puc-rio.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=49242&sid=70

Sobre outros aspectos relacionados à alta taxa de juros do Brasil, gosto do capítulo “A redução do custo do capital”, do Gustavo Loyola, no livro “Brasil – pós-crise” (2009)

Em relação ao problema conjuntural: a despesa cresce acima do PIB de maneira persistente há anos – décadas. Isso não seria um indício de um problema estrutural? Esse argumento foi bastante colocado pelo Marcos em dois textos aqui no blog:

http://www.brasil-economia-governo.org.br/2015/08/25/por-que-a-economia-brasileira-foi-para-o-buraco/
http://www.brasil-economia-governo.org.br/2015/08/31/o-faq-da-crise/

Em relação às manifestações: acho que o preço a pagar seria muito maior sem o ajuste, com o país chegando numa situação como a do Rio de Janeiro, por exemplo. Na verdade, acho que a grande divergência de opinião existente em relação a PEC do teto é sobre esse cenário: todos reconhecem, com maior ou menor importância, o papel das despesas públicas (especialmente o investimento) no crescimento da economia. Mas a divergência mesmo é se estamos rumando ou não em direção a um iceberg. Se sim, a PEC é justificável e o cenário sem a PEC seria muito pior, inclusive em relação à convulsão social.

Abraço,

Pedro

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Por: João https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2901#comment-51093 Mon, 21 Nov 2016 18:06:30 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=2901#comment-51093 Causa espanto um artigo sobre “corporações de elite” não mencionar CNI, CNA, Fiesp etc.

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Por: Marcelo https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2901#comment-51016 Fri, 11 Nov 2016 15:13:23 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=2901#comment-51016 Em resposta a Pedro Fernando Nery.

Caro Pedro,
Obrigado pela resposta.
A dívida bruta é realmente um indicador relevante a ser considerado, diante do alto nível da taxa de juros. Nesse caso, o problema mais relevante é o da taxa de juros em si. Por que esse tema não é priorizado na agenda pública? Que outras opções poderiam levar a uma redução dos juros? Este debate está interditado junto à opinião pública.
Mas o artigo do Petronio que citei trata de forma mais geral a construção da narrativa que motiva a PEC 241/55. Os ativos do BNDES e reservas, juntamente com a queda abrupta das receitas tributárias, em função da crise internacional/hídrica/política e de outros fatores cíclicos explicam o problema fiscal. Ou seja, trata-se de um problema CONJUNTURAL e não estrutural.
Esse debate está interditado.
Além disso, como falou o BBA no comentário anterior, há uma distância entre os representantes e os representados nessa questão.
Quando a percepção de deficiência no oferecimento de serviços públicos aflorar mais a frente, esse d stanciamento na representação política poderá pagar seu preço. As manifestações de 2013 foram um sinal claro desse risco que nossa democracia corre.

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Por: Pedro Fernando Nery https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2901#comment-51007 Thu, 10 Nov 2016 07:10:20 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=2901#comment-51007 Em resposta a BBA.

Obrigado pela mensagem BBA. De fato trata-se de um texto curto. Outros textos aqui no blog exploram a questao das reformas de forma mais detida.

Abs.,

Pedro

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Por: Pedro Fernando Nery https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2901#comment-51006 Thu, 10 Nov 2016 07:09:15 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=2901#comment-51006 Em resposta a Oliveira Alves Pereira Filho.

Oliveira,

Muito obrigado pela mensagem.

Abraco,

Pedro

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Por: Pedro Fernando Nery https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2901#comment-51005 Thu, 10 Nov 2016 07:08:43 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=2901#comment-51005 Em resposta a Acionista25.

Obrigado pela mensagem.

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Por: Pedro Fernando Nery https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2901#comment-51004 Thu, 10 Nov 2016 07:07:58 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=2901#comment-51004 Em resposta a Marcelo.

Prezado Marcelo,

Obrigado pela mensagem. Ainda no sentido de fomentar o debate, deixo 3 links abaixo, de textos aqui do blog, que discutem o conceito de dívida líquida, usado no texto que recomendou.

http://www.brasil-economia-governo.org.br/2014/02/17/o-que-e-contabilidade-criativa/
http://www.brasil-economia-governo.org.br/2013/10/14/divida-liquida-do-setor-publico-decrescente-significa-politica-fiscal-sob-controle/
http://www.brasil-economia-governo.org.br/2011/09/12/divida-bruta-e-ativo-do-setor-publico-sao-imprescindiveis-para-se-avaliar-o-equilibrio-fiscal/

Me parece, adicionalmente, que a PEC do teto nao obriga necessariamente o governo a produtir superavit primario, ou que a despesa acompanhe eventuais quedas da receita (o que seria de fato austeridade e um comportamento prociclico). O objeto é a despesa, nao o deficit. Tambem avalio que a PEC nao impede de fato uma aumento real da despesa (apenas impede aumento de despesas com funcionalismo e com o salario minimo caso o teto seja desrespeitado)

Peco desculpas pela ausencia de acentuacao na mensagem.

Cordialmente,

Pedro

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Por: Marcelo https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2901#comment-50998 Wed, 09 Nov 2016 14:56:00 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=2901#comment-50998 Quem molda realmente o pensamento econômico no Brasil são os economistas com treinamento matemático e estatístico, oriundos especialmente de escolas como FGV e PUC/RJ, que têm suas opiniões ideológicas reverberadas pela mídia especializada dominante (Globonews, CBN, Estadão).
Veja o exemplo das narrativas por trás da PEC do teto, defendidas por esses economistas e por essa mídia. Estão longe de uma desejável isenção técnica. O estudo de Petrônio Portella Nunes Filho trata dessa questão: http://www12.senado.leg.br/publicacoes/estudos-legislativos/tipos-de-estudos/textos-para-discussao/td217

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Por: BBA https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2901#comment-50959 Sun, 06 Nov 2016 17:56:50 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=2901#comment-50959 Interessante o seu artigo. Ele tenta pontuar o “outro lado” da discussão, mais especificamente o chamado embate retórico. Obviamente é uma discussão louvável e que não pode deixar de existir. Entretanto, me soou bastante tendencioso e raso. Não aprofundou quais seriam necessariamente as “soluções realmente destinadas a recuperar a trajetória do país rumo ao desenvolvimento”, já que como você mesmo mencionou, essas seriam “muito mais complexas”.
Ora, o que percebi do seu texto, embora proponha mostrar o “outro lado”, ele mais se aproxima de uma retórica utilizada por um dos lados, do que realmente propõe algo de concreto.
Embora não concorde com os argumentos apontados nos itens 1 a 4, como instrumentos de uma construção retórica de oposição, também não posso aplaudir que medidas drásticas, que propõem mudar toda a sistemática constitucional do Estado brasileiro sejam levadas a votação por uma ascensão de centro direita que parece estar longe dos seus representados.
Acredito que as reais soluções, as quais deveriam ser debatidas, são as reformas tributária e em seu bojo entraria a discussão do pacto federativo além é claro, o próprio modelo financeiro do estado brasileiro e a reforma da representação política.

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Por: Oliveira Alves Pereira Filho https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2901#comment-50903 Sun, 30 Oct 2016 14:32:32 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=2901#comment-50903 Pedro
Como sempre seu texto é ótimo. Cirúrgico, se me permite. A difusão da pauta de uns poucos como sendo o ganho de muitos me parece o aspecto central das dificuldades institucionais e políticas que apresentamos.
Abraço.

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Por: Acionista25 https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=2901#comment-50891 Sat, 29 Oct 2016 14:59:35 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=2901#comment-50891 Muito bom o artigo.É lamentável que as grandes castas do Brasil continuem dando as cartas, com privilégios para poucos, em detrimento do sofrimento da maioria que não é articulada, e é pouco informada. Será que um dia venceremos este ciclo vicioso perverso? Quanto vale um voto, uma eleição, o status cor? Até quando vamos brincar de faz de contas nesta terra chamada brasil? Até quando trataremos os efeitos e não as causas reais dos nossos problemas? E como(talvez o mais importante) poderemos sensibilizar a população para não cair nestas armadilhas?

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