Comentários sobre: O aperfeiçoamento da regulação dos mercados de produtos pode estimular a concorrência e o crescimento econômico do Brasil? https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=553&utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=o-aperfeicoamento-da-regulacao-dos-mercados-de-produtos-pode-estimular-a-concorrencia-e-o-crescimento-economico-do-brasil Wed, 04 Jan 2012 04:17:20 +0000 hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Por: marco bittencourt https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=553#comment-230 Sun, 05 Jun 2011 01:29:24 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=553#comment-230 O trabalho é interessante, mas , infelizmente, segundo o meu juízo, nos leva em direção contrária aos fatos. Mesmo pendente de uma confirmação empírica mais bem fundamentada, vou fazer um resumo do que entendo grave para o Brasil. Existem, fora o setor financeiro (de longe o maior problema que suga volume importante dos recursos federais e impõe um nível de taxa de juros simplesmente incongruente, com efeitos danosos e definitivos à dinâmica da economia), dois grandes obstáculos à competitividade: a da cartelização da matriz energética e o esquema de subsídio implícito às indústrias brasileiras – BNDES e outros bancos públicos, acordos legais para produção de produtos estrangeiros no Brasil, como os Ipads e esquema de tarifação absurda aos produtos estrangeiros que os consumidores brasileiros estão sujeitos: se você importa até um CD educativo você tem o custo do produto duplicado. No fundo, o problema está na própria dinâmica do modelo de substituição de importação – uma capa que esconde a nossa ineficiência geral, já que temos baixíssimo capital humano. Além desses dois problemas, ainda acrescentaria o processo dilapidante dos recursos naturais que a nossa prática agrícola, principalmente aquelas ligadas aos produtos de exportação (soja e outros), promove.

O que você aponta como grave para o Brasil?

“No quesito “controle estatal”, o Brasil se sai relativamente bem em termos da atuação das empresas estatais, incluindo os setores ligados à infraestrutura (energia, transportes, telecomunicações). Porém, ainda há restrições legais e constitucionais à redução da participação do Estado nessas empresas. O governo também tem direitos especiais de voto (por exemplo, golden shares) em firmas sob gestão privada.”

É neste item que deveriam estar computados os problema da cartelização da matriz energética, da industrialização cartorial e da promoção de práticas de agricultura danosas ao patrimônio natural do país. Mas nada disso aparece.

Na verdade, este tipo de estatística não poderia prescindir de uma análise de custo e benefício, porque o que estamos perdendo com o cartório do álcool e da gasolina revelaria bem o tamanho da nossa ineficiência e transformação de estados como São Paulo em praticamente em uma região de monocultura para uma extensa faixa de sua região. Entretanto, isso demandaria uma pesquisa numa direção diferente da que você emprega.

O Trabalho se apresenta mais crítico, embora coerente com os dados levantados, quando indaga: “Quais são as reformas necessárias para que a regulação de mercado de produtos seja mais estimuladora da concorrência no Brasil? “

Basicamente , a sua resposta é a seguinte:

“A remoção de barreiras ao empreendedorismo e ao comércio internacional seriam particularmente bem-vindas…”

De pouco ou nada adiantariam tais medidas. O problema, no final, é que você quer com estatísticas dispersas e sem fundamentação focada estabelecer os pontos fracos da economia brasileira.

O ponto de partida é reconhecer, como bem disse Edmar Bacha, que o Brasil pode ser resumido como a Belíndia. Se não conseguirmos decifrar a razão para tal, estatísticas gerais não nos levarão a lugar nenhum. Até porque é difícil precisar a métrica da distância adequada ao padrão aceito como razoável. É o que penso.

Claro, estou apenas fazendo uma descrição dos fatos como eu os vejo, pendente de aprofundamento estatístico que deveria vir depois da compreensão da realidade brasileira. Uma economia completamente dominada pelo dirigismo estatal, em continuação piorada da gestão militar. De qualquer sorte, as medidas imediatas poderiam ser resumidas simplesmente no seguinte: ambiente competitivo ubiquamente.

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Por: Hélio Brás https://www.brasil-economia-governo.com.br/?p=553#comment-229 Sat, 04 Jun 2011 14:19:22 +0000 http://www.brasil-economia-governo.org.br/?p=553#comment-229 Olá Luiz,

achei de grande proveito o material aqui exposto. Você escreve com clareza, Parabéns.

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